Para polemizar: Não existe resposta

Perguntas sem respostas

Dificilmente exista alguém que nunca tenha escutado a célebre frase “só sei que nada sei”, uma das frases mais realistas dita pelo homem, se não a mais. Praticamente todo mundo concorda com isso, até usam-na da forma mais leviana possível, mas poucos realmente colocam a ideia por de trás dela em prática. Quando Sócrates, o maior nome da filosofia, disse essa frase, tinha noção de que na verdade todos somos ignorantes, apenas em busca de alguma resposta plausível para nossas inúmeras perguntas. Quando um filósofo começa a trazer respostas, tornando-as verdades, deixando as perguntas de lado, ele não pode mais ser chamado de filósofo. E esse se tornou um dos maiores problemas que temos até hoje, falamos com firmeza sobre o que não sabemos, a dúvida se tornou a certeza. É normal que quando pequenas, as crianças perguntem o “por que” para tudo, inclusive para muitas coisas que não temos respostas. Sem certeza, “respostas” são dadas e essa situação continua pelo resto de nossas vidas.

As pessoas são medrosas e agarram-se na primeira coisa que as deem algum conforto diante de seus medos. Todos querem uma garantia que tem alguém que as ame, que cuide delas, que serão felizes se realizarem o que é dito como o certo e quem realiza o mal será punido, que no final justiça seja feita. Por isso que é tão fácil que a existência de deus seja tão certa, por mais que não exista qualquer prova que ele exista, é confortante ter alguém superior, por de trás dos panos que seja a resposta de tudo e garanta que no fim, a justiça seja feita. Não estou entrando no mérito se existe deus ou não, até porque não existe garantia que ele exista ou não. É mais que apenas uma questão de fé, é uma questão cultural, ninguém decide que acredita em um ser superior se ninguém importante disser que ele existe. E coma bíblia vem ditando “verdades” para as pessoas há séculos, por mais que seja um livro escrito por pessoas há tanto tempo atrás, com verdades tão credíveis quanto à história da chegada dos portugueses no Brasil nos livros de história que temos nas escolas.

Mas a questão que trago aqui não é religiosa, longe disso, é apenas uma ponta (uma grande ponta) do problema. Os ateus mais agressivos (que são tão chatos para se conversar quanto religiosos fanáticos) defendem a ciência como a resposta absoluta, justificando que o conhecimento que ela nos traz é muito mais válido do que simplesmente deus fez ou deus quis. Só que muitas pessoas esquecem que a ciência não é exata, ela apenas tenta explicar algo de forma racional diante dos nossos conhecimentos limitados. Basta olhar como entendemos os átomos, é apenas uma definição com sentido, não sendo a tal “resposta” final. É realmente a menor matéria que existe? Podemos dizer apenas que ela é a menor que conhecemos. Por isso que a ciência é tão importante, pois apesar dela não ser a resposta, nos faz entender um pouco melhor o desconhecido e traz novidades ao nosso mundo que mudam a forma de como o mundo funciona, apesar de nem sempre isso ser algo positivo.

Nós, seres humanos, temos uma arrogância enorme, e isso se deve por controlarmos o nosso planeta. Não importa o tão forte ou numeroso seja um animal, ele está exposto aos nossos desejos, necessidades e ambições. Essa superioridade nossa por tanto tempo nos acostumou mal, agora não vivemos apenas para caçar e procriar, vivemos em uma sociedade avançada em diversos aspectos (teoricamente), aonde trabalhamos para sobreviver. Agora somos o topo da cadeia alimentar, sendo ameaçados agora apenas por doenças e por nós mesmos. Com isso, nos tornamos tão prepotentes a ponto de falarmos dos animais com desdém, como se fossemos superiores. Muitos de nós parecem esquecer que também somos animais, guiados por nossos instintos, só que pensando um pouco mais. Teoricamente somos evoluídos, mas é difícil acreditar nisso quando olhamos como nos destruímos com violência pelos motivos mais patéticos possíveis.

Temos uma característica complicada: abstinência de verdades. Temos que saber o porquê de tudo para nos sentirmos melhor, menos impotente diante do desconhecido, que nos amedronta. Mas temos que entender que somos ignorantes e não temos como responder muito dessas questões que mexem com tanto conosco. Agora chego aqui com a prepotência de dizer que ou você continua no conforto de acreditar nas respostas que ditam por ai ou encara a dura realidade e entende que muitas de suas perguntas na verdade não tem resposta.

Música: Nenhum gênero tem mais preconceito que o metal

Show

Eu estava pensando essa semana em como nós headbangers somos sortudos. Temos shows de qualidade o ano todo, em casas de bom porte. Não há outro gênero no Brasil com tanta regularidade como o metal, estamos sempre lá, marcando uma presença considerável se houver como. Temos um mercado fiel, pois apesar de todo mundo baixar da internet (tem quem não faça?), sempre buscamos comprar CDs das bandas que gostamos, mesmo que sejam de difícil acesso. Por curtir um tipo de música que não é tão fácil de ouvir, geralmente temos maiores chances de gostar de coisas mais interessantes do que a grande massa. E ainda assim, somos um lado alternativo da sociedade, um lado estranho que poucos querem saber. E a culpa é da mídia, da nossa cultura que tantos acusam de ser pobre?

Pra mim, o maior problema do metaleiro (headbanger, tanto faz, frescura) é que a maioria é extremamente babaca. Se sente melhor que as outras pessoas. De exibir seu “conhecimento”. De querer taxar os outros de uma coisa ou outra. Poderia ajudar um “poser” que não muito conhecimento guiando a pessoa em um território que se demora muito pra entender, mas não, só sabe julgar, ofender e reclamar. O pior de tudo é querer criar regras em um estilo que preza pela liberdade. Headbanger “true” só fica de “visu”, só escuta Thrash/Death e não escuta nada que faz sucesso, porque tem síndrome de underground. Não consigo classificar o nível de babaquisse disso. As vezes acho que ser chamado de true deve ser mais ofensivo do que poser. Por que ao invés de passar o dia falando mal de Slipknot e Avenged Sevenfold, não vão tentar buscar coisas legais pra ouvir, pra crescer ainda mais seu conhecimento e apreciar mais esse lado da arte? Eu, por exemplo, acho o metalcore um gênero fraco, mas não fico julgando quem escuta, cada um tem seu gosto. Cada um tem sua liberdade.

Sinceramente, estou pouco me fudendo para o que os outros acham do que estou ouvindo. Eu escuto uma hora Opeth, escuto Rick Astley depois, vou ouvir Thin Lizzy, Mozart, Pantera, Christina Aguilera e Alcest depois. Eu posso escutar música eletrônica, pop, pagode (Molejão heuhehueuhe), jazz, blues, country, R&B, clássica, trilha sonora, o que diabos eu quiser, é gosto da pessoa e deveria ser respeitado. Eu escuto muitas coisas, mas quase tudo é rock e metal, pois são o que realmente amo, mas por escutar outras coisas, não me fazem menos “headbanger”. Para mim, se nos respeitássemos e tivéssemos menos preconceitos uns com os outros, sendo menos babacas, tudo seria melhor. Se fossemos unidos, nada iria nos derrubar, pois somos apaixonados e fiéis ao que gostamos. E uma força assim não poderia ser ignorada por qualquer sociedade que fosse.

Wrestling: The Rock novamente WWE Champion

Hoje não vou ficar contando história, falando mil e um argumentos como geralmente faço. Hoje, a coisa é bem simples: The Rock derrotou CM Punk e é o novo WWE Champion. Não apenas isso, mas com a Shield atacando Rock e ainda assim Rock sendo capaz de vencer com um People’s Elbow. Se fosse um ano atrás, provavelmente estaria revoltado como muitos estão, mas atualmente apenas estou chateado. Chateado porque o sexto maior reinado da história da empresa terminou com tão pouco impacto. Mas apesar disso, é importante ressaltar que essa vitória do The Rock tem vários pontos positivos e negativos, assim como a Aids.

Best In The World

Para poder falar dos pontos positivos, precisamos lembrar que a WWE não é uma empresa em que o Vince faz totalmente o que quer. Desde que ela foi colocada na bolsa de valores, a empresa tem muitos investidores. Então ela tem que fazer o melhor para dar lucro (e é claro que mesmo se não fosse assim, Vince também quer lucro, quem não quer?). E dentre os possíveis lutadores da WWE, apenas Steve Austin daria mais dinheiro para empresa do que The Rock. Sendo assim, eles podem trazer um lutador com quem não terão nada com que se preocupar, que dá dinheiro, pois muitos querem vê-lo, ratings, porque muitos querem vê-lo! E novos fãs vão assistir a WWE para ver o que Dwayne Johnson está metido. Além de tudo, é bom ver The Rock lutando novamente, depois de sair de maneira tão estranha em 2002. Pode não ser o mesmo de antes, mas ainda é bom.

Gibe Moni Pls

Pelo lado negativo, é bem mais fácil falar. O que JBL comentou durante a luta foi genial: você não fica em verdadeira forma lutando uma vez ou outra, você não tem o ritmo. Um exemplo bem simples para a maioria está no futebol brasileiro agora, jogadores que podem estar em boa forma física, mas está sendo ritmo de jogo e só a partir deles é que a coisa vai melhorar. Com o wrestling é a mesma coisa, The Rock lutando 2 vezes por ano depois de 10 anos sem lutar não vai pegar ritmo de luta e lutar como pode. Apenas Undertaker consegue, mas ainda assim ele sofre toda Wrestlemania. Se ele quer realmente trazer um alto nível no ringue como deveria tem que não só fazer promos. Tem que lutar mais.

The Rock = Ratings

Outro ponto que me incomoda é que apesar de ele se uma lenda, ele volta apenas algumas vezes, nos momentos mais importantes, e derrota qualquer coisa, sem haver nenhum ganho com isso. “Mas o Undertaker faz isso, por que não reclama dele também” alguns podem dizer, mas Mark, apesar da delicada forma física, há quatro anos seguidos vem fazendo no Wrestlemania as melhores lutas do ano da WWE. The Rock voltou, aplicando bem os golpes, mas sua luta com John Cena foi uma das maiores decepções em muito tempo. E novamente, contra CM Punk, depois de 2 minutos de luta, ele só ficava no chão com a boca aberta, parecendo estar totalmente cansado. Deixar caras como Bryan, Ziggler, e até mesmo Cena, que trabalham o ano todo para empresa para um cara que não aguenta um luta direito, é duro de engulir. Tanto para muitos fãs de wrestling (não apenas do CM Punk), como para os lutadores.

CM Punk WWE Champion

Mas o que mais me incomoda não é Rock vencer, e sim como tiraram todo o starpower que Punk conseguiu ao longo desse reinado. Só o modo como fazem Punk vencer desde que a Shield apareceu já tira esse mérito, mas perder depois de The Rock ser destruído, o desvalorizou muito. Até ontem de tarde, via CM Punk totalmente credível para enfrentar Undertaker na Wrestlemania, pois essa era a espectativa. Depois do PPV, não consigo mais. É provável que digam que Undertaker ficou mais fraco ao longo dos anos, como fizeram em 2010, e igualar as coisas se acontecer um encontro entre os dois. Isso é realmente triste. Mesmo que não seja Undertaker, quem Punk vai enfrentar na Wrestlemania? Vão tirar ele da luta principal novamente depois de todo esse reinado? Espero que pelo menos seja o caso de Punk vs Cena vs Rock, mantendo a promessa do “Once In A Lifetime”.

Once In A Life Time

Agora como John Cena ganhou o Royal Rumble, é bem claro que ele vai enfrentar Rock no Wrestlemania, vencer o título, para na outro Wrestlemania definir em uma melhor de três. Alguém realmente quer ver The Rock vs John Cena, denovo? Ainda mais do fíasco que foi a primeira luta deles? O pior nem é isso, e sim que Cena vai voltar a ser superman imbatível de sempre. Ano passado ele ainda era, mas ainda assim perdeu várias vezes, o que já é muito pra ele. Só que o seu personagem já chegou num ponto onde a maioria mais vaiam ele do que aplaudem, o que é preocupante. The Rock vencendo hoje significa o fim de um reinado histórico de uma maneira fraca e John Cena WWE Champion denovo. O problema não é ele ser campeão, mas sim que provavelmente vai ser a mesma merda repetida de sempre. Eu acredito que eles não vão mudar algo que vem fazendo igual há anos. Espero que eu esteja muito enganado.

Wrestling: Não se fazem Faces como antigamente

Antigamente, existia uma religião que dizia que havia um deus do bem e um deus do mal. Hoje na religião mais predominante (o cristianismo), essa ideia se mantém, só que o mal deixou de ser deus mas continua com uma imagem perigosa. Com essas separações os humanos começaram a dividir as pessoas entre boas e malignas também, como os trabalhadores e os crimonosos (caso extremo). Nas histórias, tudo sempre se encaminhou para que através de obstáculos, o bem superasse o mal através das dificuldades. Até hoje, é difícil alguma história não ser escrita assim. Com esse pensamento, Vince deu seu primeiro grande passo para a WWF e trouxe gimmicks de forma impactante ao wrestling, separando os vilões (Heels) e os heróis (Faces), mas com destaque para o primeiro grande Face, Hulk Hogan.

Hulk Hogan

Hogan pode ter um dos maiores egos da história do wrestling, ser extremamente fraco no ringue, mas ainda assim, junto com Vince criou um personagem que marcou toda uma geração. Foi o primeiro herói, e assim Hogan garantiu seu status de lenda e até certo ponto intocável. Como foi o primeiro e algo novo, todo mundo o amava. Depois de ir para a WCW nos anos 90, a WWF ficou sem nenhum lutador como a “face da empresa”. Para mim, não há nada melhor do que isso, sem se prender a lutador nenhum. Nessa época, Bret Hart conseguiu ter um grande destaque como Face. Mas a WWE só voltou a ter um lutador que liderasse a empresa com a explosão de popularidade de Steve Austin. Stone Cold era diferenciado porque não era o Face comum que fazia tudo certo, pelo contrário, era um anti-herói, fazia as coisas do jeito que queria. Sua rivalidade com Vince, onde o espancava e humilhava várias vezes também dava prazer a quem assistia ao show e era frustrado em relação ao seus chefes, era um pequeno alívio. Marcou outra geração com os Faces mais divertidos, os “Badass”.
Stone Cold Stunner
Nessa época, tanto os Faces como os Heels eram intensos, e não havia um grande diferença entre eles (claro, não contando com a covardia típica dos Heels), tanto que facilmente um lutador era Tweener nessa época. Nessa época, todos os Faces tinham atitude agressiva e imponente, e ninguém se importava em ser o bom moço. Dessa época os que mais conseguiram se destacar nesse estilo foram Undertaker e principalmente The Rock, que utilizava muito do humor ácido para humilhar os outros. Chris Jericho, Kane e Kurt Angle também tiveram destaque nessa época, só que esses tinham turns facilmente. Com tantos lutadores no topo com essa características, o público foi conquistado. Afinal, é muito difícil de não gostar de badass, e isso facilmente explica o sucesso de personagens como Dante do Devil May Cry, Krator do God Of War, Wolverine do X-Man, Jack do Clube da Luta, Rambo, John McLane do Duro de Matar, entre outros.
Wolverine
Depois que The Rock saiu da WWE para correr atrás da sua carreira no cinema, o último grande badass dessa época saiu da empresa. Ainda havia Undertaker, mas não durou muito o seu personagem. Além disso, Taker quase sempre estava em feuds importantes mas dificilmente na principal, isso explica como ele foi Main Eventer quase toda a carreira e teve poucos títulos mundiais. Depois disso, o grande cara da WWE era Heel, Triple H, e isso durou bastante tempo. Brock Lesnar também teve grande destaque, mas também saiu da empresa. A WWE só voltou a ter Faces como destaque no Wrestlemania 21, quando Batista derrotou Triple H e John Cena derrotou JBL, com os dois liderando agora a empresa. Batista se deu bem porque conquistou o público sendo o típico Power-House Face, não precisando fazer uma grande mudança. Já John Cena, de queridinho do público, se tornou o que vemos hoje.
Wrestlemania 21
O personagem rapper de Cena, funcionava muito bem como Heel, mas é como Face que se destacou por como conquistava o público, ainda mais pra um lutador tão novo. Mas quando Cena se tornou campeão mundial, esse personagem foi ficando cada vez mais de lado e cada vez mais foi para essa gimmick de “respeito” de hoje em dia. De malandro, Cena se tornou o cara certinho que representava o país de forma indireta. Uma versão atual do Hulk Hogan. Só que a WWE cometeu o grave erro de além de colocar um personagem que não é muito atrativo para ele, forçou a clássica “Same Old Shit”, com Cena usando a mesma fórmula saturada, que já dura 8 anos! Pelo sucesso que ele tem, é óbvio que a WWE tem medo de perder o público fiel dele (e todo lucro que esse público traz), mas isso sacrifica a qualidade de tudo que ele esteja envolvido. Cena com liberdade pode entreter bem, mas dificilmente com os limites da PG Era. Sua promo no final da último RAW foi terrível, ele nunca soube ser engraçado, não dessa forma. A única coisa que ele faz nas promos ultimamente é gritar. John só serve pra fazer humor quando segue a linha do The Rock (bem inferior, mas sabe fazer). O pior é que essa “fórmula de John Cena” se fixou nos Faces da WWE.
John Cena promo
Se um John Cena nesse estado é ruim, imagina dois? Pois é, mas temos dois! Porque Sheamus é a versão irlandesa com a bunda branquela do John Cena. A diferença entre os dois é que Sheamus é um lutador bem melhor que Cena, tanto que ano passado teve ótimos combates, sem ser reconhecido por ter mérito nisso também. Só que o personagem Superman se mantém aqui, além de tentar fazer promos engraçadas a todo custo, só resultando em uma coisa: vergonha alheia. A WWE vem fazendo isso com todos os Faces, a cada Face-Turn, o cara se torna o mais novo comediante de Stand-Sp do Comedy Central. O menos forçados com isso foram The Miz e Randy Orton, por ambos ainda mantem aquela sensação de Heel aos seus lados. Miz pode se tornar até um Face interessante, se os bookers perceberem que ele só vai funcionar se continuar com o jeito debochado de antes. Se continuar no rumo que está agora, tem tudo para ser o próximo chato que vamos torcer para algum Heel credível derrote.
Sheamus kicksJá o caso de Orton é o mais complicado de todos para mim, porque o que fizeram com ele para mim é inacreditável. Orton sempre foi um dos melhores lutadores do roster, com destaque para como ele quase sempre acerta os golpes perfeitamente. Só que depois do seu Face Turn, ele teve uma enorme limitação no seu move-set, que se tornou praticamente apenas o seu “comeback” e o RKO. Lembra alguém, não? Ainda assim, Orton fez ótimas lutas como Face, mas o seu nível está muito abaixo do que ele pode fazer. Mas o pior não é apenas no ringue, e sim de uma gimmick que parece ter sida simplesmente esquecida, pois ele deveria se tornar o psicótico que todos amam, mas no final, só ficou como o cara que vai dar RKO do nada e que diz que ouve vozes, mas ele é legal até. E ainda tem as promos dele, que são complicadas de se assistir. “My name………is……..Randy…….Orton…..” Essa passividade dele vem desde que deixou de ser o Legend Killer e tornou o Viper (normal, por causa da gimmick de cobra humana, ou sei lá o que isso seja), mas como Face tem atingido um nível alto de chatisse. Ainda bem que seu Heel Turn está encaminhado, e em ser FDP, Orton tem mestrado.
My name is Randy Orton
Os outros dois Faces de destaque da empresa são Ryback e Alberto Del Rio. Ryback é assim como tantos, o típico Power-House que não tem condição de fazer uma promo. Só que esse se esconde atrás de uma catchphrase. Já Del Rio parece ser o único Face que interessa alguma coisa, por ter sido legal a forma como ganhou o título mundial, ganhando o público junto. Pelo menos até agora vai indo tudo bem com o seu novo personagem, mas só o tempo dirá se a WWE vai forçar ou não essa história de herói latino. Sendo assim, o único bom Face da WWE não está no Roster: The Rock. Rock pode estar visivelmente fora de forma nas promos, muito inferior ao que já foi e vem se mantendo em promos que buscam apenas o apoio do público, mas ainda assim, está bom. Pelo menos perto das outras opções, está ótimo. Afinal, The Rock pode fazer uma piada que parece que veio de uma criança de 10 anos, e ela realmente ser engraçada. The Rock tem imponência, atitude e presença, o que já o torna interessante. Mas é uma pena que as coisas estejam tão feias que uma lenda que retorna em forma duvidosa é muito mais interessante do que os Faces que a WWE vem produzindo. O jeito é se divertir com Kane e Daniel Bryan enquanto eles como Tweeners (pelo menos para mim), estão mais para o lado Face da balança. Não se fazem Faces como antigamente.

My Top: Os melhores discos de 2012 (Rock/Metal) – Parte 5

10 – Flying Colors – Flying Colors
Flying Colors – Flying ColorsO Flying Colors é mais um supergrupo que criou muita expectativa e surpreendeu mais ainda. O disco chamou atenção por um dos projetos de Mike Portnoy depois que saiu do Dream Theater, mas não é ele que rouba a cena. Steve Morse mostra o guitarrista genial que é e rouba a cena, além do surpreendente Casey McPherson, que se encaixa perfeitamente ao som da banda, sendo perto muito importante dela. A banda rouba a cena por ser eclética em seu som e viajar pelo Hard Rock, Pop, Progressivo, Heavy Metal e as vezes até com o funk. Tudo com uma técnica impressionante, uma gravação de alta qualidade e muita criatividade. Para quem não é preconceituoso com o Pop, é um CD obrigatório!

9 – Baroness – Yellow & Green
Baroness – Yellow & GreenO Baroness é depois do Mastodon, a banda mais expressiva do Sludge Metal. E assim como o Mastodon, a banda foi corajosa e trouxe uma ousada e competente mudança ao seu som, sendo difícil de especificá-lo em apenas um tipo de gênero. Alguns podem acusar a banda de vendida por ter deixado o Metal mais de lado para se aventurar no Rock, mas esse disco é o que precisa de mais audições para ser bem compreendido e absorvido, o que contrária à ideia pop que dizem envolver o álbum. Em dois discos, o que se escuta é uma banda extremamente criativa, ainda mais do já que parecia.

8 – Anathema – Weather Systems
Anathema - Weather SystemsPara alguns, o rumo atual do Anathema pode dar certo desgosto, assim como acontece com qualquer banda que mude tanto sua proposta. Antigamente a banda fazia parte da trindade do Doom/Gothic Metal, junto com Katatonia e Paradise Lost, hoje a banda se aventura de forma magnifica em um Rock Progressivo viajante e atmosférico, incrivelmente delicioso de ouvir. Todos os aspectos dos discos impressionam. Sempre se espera coisas boas vindas do Anathema, mas dessa vez a banda se superou.

7 – Gojira – L’Enfant Sauvage
Gojira - L'Enfant SauvageConfesso que não sou nem um pouco fã de Death Metal (tanto que o mais próximo do gênero que chego é o Opeth) mas tive que me render diante da genialidade dos franceses do Gojira. Fazendo um Death Metal Progressivo, as faixas são extramente pesadas, mas fugindo de qualquer clichê e trazendo uma experiência única ao apostar no experimentalismo e nas suas técnicas, a banda cria uma experiência única ao ouvinte. Chegando ao seu quinto álbum, o alto nível da banda se mantém e esse disco deve agradar até mesmo fãs de outros gêneros do metal.

6 – Between The Buried And Me – The Parallax II: Future Sequence
Between The Buried And Me - The Parallax II Future SequenceO Between The Buried And Me lançou um disco maravilhoso e extremamente complexo, flertando com tantos gêneros que é difícil até escolher um em que eles se foquem. Demonstrando uma técnica enorme, a banda viaja entre o Death Meta técnico, Metalcore, progressivo e até o Jazz em alguns momentos. Além de ser um disco que demora pra ser absorvido, porque além de ser muito pesado, têm longos 72 minutos, em que é mantido um alto nível de maneira magnífica, principalmente pela maturidade sonora.

5 – Sylvan – Sceneries
Sylvan – SceneriesQuando ouvi o Sylvan pela primeira vez, reparei que não haveria como considerá-la como uma banda de Rock Progressivo comum, e sim escutá-la como escuto o Pink Floyd, ignorando que é uma banda de Rock e concentrando apenas a proposta do seu som. O som do Sylvan é um deleite musical tão enorme que é muito difícil prestar atenção nos detalhes e não apenas viajar dentro das músicas. Sendo um álbum duplo que juntos tem mais de 90 minutos, a banda passa emoção e musicalidade tão rica que só sinto escutando algumas coisas da música clássica. Sinceramente, acho que essa é banda que pode trazer o que há de mais belo e ainda ser uma banda de Rock. Uma delícia de álbum.

4 – Beyond The Bridge – The Old Man and The Spirit
Beyond The Bridge - The Old Man and The SpiritTudo em volta do projeto do debut The Old Man And The Spirit é fantástico. A banda começou em 1999 como Fallout, mas os integrantes deixaram o projeto de lado para se concentrarem nos estudos. Retornaram com o projeto em 2005 e passaram 7 anos para lançar o disco! E não é um Chinese Democracy da vida, claramente o tempo foi bem gasto nas composições para chegarem em um resultado tão grandioso. Tudo que acontece no disco gira em volta de sua grandioso história (o álbum é conceitual), com faixas envolventes e técnicas. É um dos discos mais ricos musicalmente que tive o prazer de ouvir.

3 – The Night Flight Orchestra – Internal Affairs
The Night Flight Orchestra - Internal AffairsApesar de seus fãs serem bem radicais, a maioria dos músicos do metal tem como base bandas de Rock clássico e até do Pop em sua formação musical, e isso explica o porque de tantos resolverem se aventurar por esse lado da música em algum ponto de suas carreiras. Isso explica porque Björn Strid (Soilwork) e Sharlee D’Angelo (Arch Enemy) trouxeram esse projeito. Com um som setentista, a banda faz Rock N’Roll flertando com o Pop, Soul, Funk e Folk, com muito bom gosto. É um som extremamente rico e ainda muito acessível, é o tipo de som que a gente torce pra chegar nas “grandes massas”, porque é acessível e é maravilhoso.

2 – Testament – Dark Roots Of Earth
Testament – Dark Roots Of EarthSe as bandas de Thrash Metal parecem ter voltado a ter força, nenhuma banda no gênero vem tão forte quanto o Testament. Nem mesmo o Kreator ou o Slayer. E surgindo como uma evolução natural do ótimo The Formation of Damnation, Dark Roots Of Earth vem para disputar com o clássico The Gathering o título de melhor disco da banda. Quando escuto esse disco, sinto como se a banda tivesse feito o que o Metallica tentou fazer em Death Magnetic: Um Thrash moderno, que flerta com muitas coisas mas não perde a identidade. Todos os fatores do disco são acima da média, mas os riffs que Alex Skolnick são ainda melhores. Um clássico moderno do Thrash Metal.

1 – Rush – Clockwork Angels
Rush – Clockwork AngelsO Rush é uma caso raro: uma banda que muitos fãs mas ainda assim fica para trás quando se trata das listas de melhores banda do Rock. As consideradas 3 melhores bandas de Rock da história são Led Zeppelin, Deep Purple e o Pink Floyd, mas sinceramente, o Rush é tão boa e importante quanto eles, influênciando toda uma geração. Talvez por ser uma banda “cult”, que não chegou a todos, tenha ficado de lado. Desde os anos 90, o Rush vem fazendo álbuns muito bons, mas bem abaixo do que a banda tinha feito na sua época clássica. E esse jejum acabou com Clockwork Angels, que para mim é o melhor disco da banda desde Power Windows. A banda se reinventou, tem um som moderno, mas sem perder a maestria. Com muita técnica, aliada a excelente produção onde tudo no disco se escuta muito bem, a banda músicas que demoram um pouco para serem digeridas, mas após algumas audições, se mostram incríveis. Apesar de ter talvez o melhor baterista de todos os tempos, Neal Peart, mas Geddy Lee e principalmente Alex Lifeson são os destaques aqui. Os dois são dois dos melhores no que fazem, mas infelizmente ficaram na sombra da genialidade de Peart. É um disco obrigatório para qualquer fã de música.

My Top: Os melhores discos de 2012 (Rock/Metal) – Parte 4

20 – Paradise Lost – Tragic Idol
illustration bicroO Paradise Lost, assim como muitas outras bandas, sofreu com sua época de experimentalismo. A banda com isso, decepcionou muitos fãs antigos e conseguiu outros novos. Felizmente (infelizmente para alguns), a banda voltou aos poucos a fazer um som mais pesado e menos experimental desde In Requiem de 2007, e Tragic Idol marca a volta da banda ao seu som pesado e sombrio, com a maestria esperada da banda há muito tempo.

19 – Soundgarden – King Animal
Soundgarden – King AnimalO Soundgarden foi uma das bandas que mais fizeram sucesso nos anos 90 e depois do retorno da banda, a expectativa pelo novo álbum era enorme. E a surpresa (para mim, maravilhosa) é que a banda não tenta fazer um resgate ao seu som antigo, algo nostálgico, e sim uma mudança natural no som da banda, como se não tivesse demorado tantos anos por esse disco. O som é mais direto, e as faixas não tem muitos destaques, o destaque em si é o conjunto da obra, com todos as faixas sendo ótimas. É excelente ter uma banda tão boa e com tanta visibilidade como o Soundgarden de volta.

18 – Lethian Dreams – Season of Raven Words
Lethian Dreams - Season of Raven WordsO Lethian Dreams é uma banda de Doom Metal que se diferencia muito do som comum do gênero, principalmente agora com o que trouxeram em Season Of Raven Words. Ela faz um som muito atmosférico, e de maneira excelente. Mas o que verdadeiramente diferencia a banda é o vocal de Carline Van Roos, que de modo maravilhoso, combina sua linda voz com a atmosfera criada em cada música. Pode não ser o que um fã do Doom espera do gênero, e isso é mais um motivo pra se valorizar o que o Lethian Dreams fez aqui.

17 – Soulfly – Enslaved
Soulfly – EnslavedEnslaved, o novo disco do Soulfly, mostra que Max pode ignorar esses pedidos de voltar a fazer algo no Sepultura porque sua criatividade está absurdamente ótima. O Soulfly aqui é principalmente Thrash Metal, mas as vezes flerta com o Death Metal, além de ainda ter um som bastante moderno. Ou seja, não é um retorno ao som clássico do Sepultura ou algo assim. A banda criou sua nova identidade, e ela é pesada, agressiva e extremamente criativa.

16 – The Cult – Choice Of Weapon
The Cult – Choice Of WeaponO The Cult é do tipo de banda que faz muito sucesso, mas ainda assim, é extremamente desvalorizada. A banda é um das poucas que pode se orgulhar de fazer tantos músicos se tornarem tanto seus fãs. A banda já se concentrou em vários gêneros, mas quando a banda se concentra no Hard Rock, não há erro. E Choice Of Weapon não é um nenhuma exceção. Com uma criatividade de dar inveja, a música traz músicas extremamente bem compostas, que soam ótimas (talvez por causa do produtor ser Bob Rock) e moderna. É estranhamente prazeroso ver que há como ver como bandas clássicas ainda conseguem ir bem trazendo modernidade ao som, mas sem perder suas características.

15 – Headspace – I Am Anonymous
Headspace - I Am AnonymousO Headspace é uma banda que tem como líder Adam Wakeman, ex-tecladista do Black Sabbath e Ozzy Osbourne. Mesmo tendo tal currículo, ele não conseguiu chamar muita atenção para sua banda, mas conseguiu a minha. A sua banda pratica um Metal Progressivo de um nivel de criatividade que não há no gênero há muito tempo (não nesse nível). O som é moderno, melódico e como esperado, muito técnico. A ideia por de trás do disco também é muito legal. Definitivamente seria considerado um clássico do gênero se tivesse conseguido visibilidade.

14 – Candlemass – Psalms for the Dead
Candlemass - Psalms for the DeadO Candlemass é provavelmente a maior e melhor banda de Doom Metal e um das mais respeitadas do metal, que infelizmente anunciou que esse seria seu último disco, e que a banda deveria se despedir de seus fãs com uma turnê final. Com o seu com cadenciado de sempre, pesado, melancólico, e agora um pouco mais grudento que o normal, a banda trouxe um disco maravilhoso. As faixas podem ser mais simples do que o esperado, mas talvez esse seja o grande trunfo do álbum, pois as faixas ficam na cabeça e tem grande impacto. Agora é torcer para que o Candlemass siga o exemplo do Scorpions e deixe a aposentadoria pra lá, porque a banda ainda mostra estar longe de perder a maestria.

13 – Kreator – Phantom Antichrist
Kreator – Phantom AntichristO Kreator é definitivamente a melhor banda de Thrash Metal que já saiu da Alemanha e uma das melhores do mundo (para muitos, a melhor). Depois de acabar com sua fase experimental em 2001 com Violent Revolution, a banda vem fazendo seus fãs felizes por só trazer albuns pesados e com a qualidade que todos esperam da banda. E Phanton Antichrist segue a mesma linha, que apesar de poder soar parecido com os últimos discos, é excelente e realmente impressiona por ser tão direto e coeso. Se um disco representar o nível do Kreator, ele será excelente. E definitivamente, Phantom Antichrist representa.

12 – Epica – Requiem For The Indifferent
Epica - Requiem For The IndifferentRequiem For The Indifferent pode não ser tão bom quanto a obra-prima da banda (Design Your Universe), mas é quase tão bom quanto. A banda aqui se mostrou mais pesada e técnica que nunca, tanto que o disco se tornou o mais difícil de ser absorver da banda. Mas depois de várias audições, é fácil perceber como é um dos melhores discos do ano e disparado o melhor do gênero. A banda está mais madura e ouvir o nível que Simone Simons conseguiu chega a ser assustador. Esse álbum também é o último do baixista Yves Huts na banda.

11 – In The Silence – A Fair Dream Gone Mad
In The Silence - A Fair Dream Gone MadNaquela lista dos melhores debuts, podem definitivamente dar um bom lugar para essa estréia maravilhosa do In The Silence. Para quem gosta do lado mais acústico do Opeth e principalmente do Katatonia, o disco é um prato cheio. A banda traz músicas extremamente bem compostas, com vários elementos progressivos e riffs intensos, mas ainda assim a banda soa acessível a sua maneira. Mas um dos pontos de mais destaque é como a banda é melancólica, com as bandas jogando sentimentos no ouvinte de forma impressionante. Essa grande mistura da banda trouxe um dos discos mais gostosos de se ouvir desse ano.

My Top: Os melhores discos de 2012 (Rock/Metal) – Parte 3

30 – Trixter – New Audio Machine
Trixter – New Audio MachineO Trixter volta a lançam um álbum desde 1995, e com os mesmos integrantes de seu debut. O som da banda é um Hard Rock oitentista, elevado a outro nível, utilizando de velhos elementos de uma ótima maneira. Recomendado para qualquer um que goste de boa música e obrigatório para fãs de Hard Rock.

Slash – Apocalyptic Love29 – Slash – Apocalyptic Love
O debut de Slash, apesar de muito irregular, foi muito bem recebido pela crítica. Agora ele juntou o The Conspirators e Myles Kennedy no vocal para montar essa sua banda. O resultado é excelente, ainda mais porque Myles também é guitarrista, e também ajudou bastante Slash nas composições. Pena que Kennedy aqui se limita a adequar-se à banda, pois ele tem um poder e variação vocal bem maior do que o mostrado aqui. Ainda assim, canta muito bem, e o resto da banda também se mostrou muito competente. Já Slash, mostra como vem evoluindo a cada ano que passa, trazendo agora um disco muito forte e competente.

28 – UFO – Seven Deadly
U.F.O. – Seven DeadlyO UFO é uma daquelas poucas bandas clássicas que ajudaram a definir o que é o Rock, Heavy Metal, até mesmo o Thrash Metal, mas é pouco reconhecida por isso. Sem dar qualquer sinal de cansaço, mesmo após incríveis 43(!) anos de existência, a banda lançou mais uma vez um excelente disco. A banda mostra tranquilidade em desfilar sua qualidade em qualquer sub-gênero do Rock que se aventure durante as faixas, mas o que eles mostram é que são mestres do Hard Rock. Pode não ser um clássicos da banda, mas é um excelente disco.

27 – Van Halen – A Different Kind Of A Truth
Van Halen – A Different Kind Of A TruthSinceramente, demorou muito tempo para me interessar em escutar esse disco. Todo dia ouvia uma notícia entre algum problema de Eddie com David, então realmente pensava que esse disco não seria grande coisa. Mas quando comecei a escutá-lo, percebi que o single Tattoo enganou todo mundo e o disco é muito melhor do que ela fez parecer que seria. Músicas não muito grandes, extremamente agradáveis e de extremo bom gosto seduzem o ouvinte em pouco tempo. Roth não é o cantor de antigamente, mas sua voz ainda é que se combina melhor com qualquer coisa que Eddie Van Halen faça. Mais uma banda clássica que surpreendeu ano passado com um excelente disco.

26 – Stone Sour – House of Gold & Bones Part 1
Stone Sour - House of Gold & Bones Part 1Infelizmente, o Stone Sour é o tipo de banda que as pessoas julgam antes de conhecer por algum motivo. E esse motivo é ter o mesmo vocalista da banda mais odiada do metal, o Slipknot. Mas diferente da banda de metal que sempre fez um metal as vezes bom, as vezes meia boca, o Stone Sour sempre lançou discos realmente interessantes. E aqui, a banda parece chegar finalmente a sua maturidade em seu provável melhor disco. As músicas são pesadas e acessíveis ao mesmo tempo, sem apelar. Um som moderno, criativo e de qualidade. Tomara que a segunda parte seja tão boa quanto a primeira.

25 – Jeff Scott Soto – Damage Control
Jeff Scott Solo – Damage ControlDamage Control marcou a volta do vocalista ao Hard Rock, e que volta! O disco varia entre músicas com um Hard Rock com forte pegada e belas músicas que impressionam pela criatividade. A cozinha é muito competente, e os riffs dos discos brigam de frente com o maravilhoso vocal de Jeff para ver quem se destaca mais.

24 – El Caco – Hatred, Love & Diagrams
El Caco - Hatred, Love & DiagramsA Noruega é conhecida pela forte cena Black Metal do país, mas engana-se que é a única coisa boa que sai do país. O El Caco, banda que já chega ao seu 6° álbum, pela primeira vez sai em uma gravadora que dá amplitude para banda ser conhecida internacionalmente. Ainda bem, porque o nível que temos aqui é algo muito raro hoje em dia. A banda atua em razão dos riffs (maravilhosos, por sinal), misturando o som dos anos 70 de Led Zeppelin e Black Sabbath com um som moderno. Uma das melhores surpresas do ano.

23 – Xandria – Neverworld’s End
Xandria - Neverworld's EndO Xandria era uma boa banda de Gothic Metal que sempre chamou atenção pela sua excelente vocalista Lisa Middelhauve. Quando ela saiu da banda, o futuro da mesma parecia incerto, mas então chegou Manuela Kraller em seu lugar, com um vocal tão poderoso quanto o de Tarja Turunen, a intocável melhor vocalista do metal. Do Gothic Metal, a banda partiu para o Symphonic Metal e mostrou um nível assustadoramente alto. O disco é tão bom que bate de frente com qualquer disco do Nightwish. A melhor surpresa do gênero no ano.

22 – Lacuna Coil – Dark Adrenaline
Lacuna Coil – Dark AdrenalineO Lacuna Coil era uma das principais revelações do Gothic Metal, mas depois de tantas mudanças, chega nesse disco como metal alternativo. O CD mistura o melhor do que já fez no início da sua carreira no lado obscuro misturando de maneira excelente com a maior acessibildade que vem tendo. Aqui mistura tudo da carreira da banda (menos o experimentalismo exagerado do Shallow Life) e evolui em algo único, formando o provável melhor trabalho do grupo, pelo menos no nível dos dois primeiros discos. A evolução de todos os membros é notável, o jeito único que Scabbia vem cantando e como Andrea realmente melhorou. Um som simples e extremamente agradável.

21 – Accept – Stalingrad
Accept – StalingradDesde a chegada de Mark Tornillo como vocalista da banda no lugar de Udo, o Accept parece que ganhou nova vida. Junto com Blood Of The Nations, esse disco é um dos melhores da banda, talvez até o melhor. Mantém a pegada do último disco, um Heavy Metal de primeira classe. Para os que reclamam que “não é Accept sem Udo” deveriam rever tal preconceito, pois o vocal de Mark é quase idêntico e tão bom quanto. Um dos melhores discos do Heavy Metal desse ano.

My Top: Os melhores discos de 2012 (Rock/Metal) – Parte 2

40 – Lynyrd Skynyrd – Last of a Dyin’ Breed
Lynyrd Skynyrd - Last of a Dyin' BreedDepois de 4 anos do lançamento de God & Guns, o Lynyrd Skynyrd volta com mais um disco, o 12°. O disco não segue a linha musical do último disco e sim faz uma “meia volta” aos anos 70, tendo ainda um som moderno, mas sem querer ser apenas uma cópia da formação clássica. Assim, ao longo de 15 faixas, a banda traz o Hard Rock misturado com seu country, além de baladas lindas. Quando se trata de Southern Rock, o Lynyrd Skynyrd nunca decepciona. E aqui, vai além disso e surpreende.

39 – Age Of Artemis – Overcoming Limits
Age Of Artemis – Overcoming LimitsOs brasileiros aqui surpreenderam muito. Há uma tendência atual a endeusar qualquer bom lançamento nacional, mas o Age Of Artemis mostrou em seu debut sua qualidade. Tendo Edu Falaschi como produtor, tem como base um Power Metal de alta qualidade. Pode não ser nenhuma novidade dentro do som do gênero, mas o que importa é a qualidade das músicas, e nisso o nível nesse disco é muito alto.

38 – Blackberry Smoke – The Whippoorwill
Blackberry Smoke - The WhippoorwillO Blackberry Smoke é uma das melhores surpresas que apareceram no Southern Rock em muito tempo. Com personalidade e muito talento, o grupo chega ao terceiro disco, conquistando os que os escutam. Pena que são tão poucos. A banda já soa extremamente madura, cheia de elementos variados, com um alto nível constante. São músicas belas e relaxantes. Recomendado não apenas para os fãs do gênero, mas para fãs de Rock em geral.

37 – Soen – Cognitive
Soen – CognitiveO Soen chamou atenção ultimamente por ser o novo projeto do ex-baterista do Opeth, Martin Lopez, com o ex-baixista do Death e Testament, Steve DiGiorgio. Quando se escuta o som da banda, não se lembrar do Tool é muito difícil, mas o som da banda é de muito mais fácil assimilação e tão bom quanto. São faixas muito bem compostas, extremamente bem trabalhadas, com muitos elementos progressivos. Para quem escutá-lo sem tratar a banda como uma cópia do Tool, vai ter uma boa surpresa.

36 – Unisonic – Unisonic
Unisonic – UnisonicOs fãs do Helloween ficaram extremamente felizes com o anúncio do Unisonic, que é a nova banda de um dos melhores vocalistas que o Metal já ouviu, Michael Kiske com Kai Hansen, muitos já esperavam um disco de Power Metal. Isso não foi nem perto o que aconteceu. O Unisonic é uma banda de Hard Rock que em alguns momentos flerta com o Heavy Metal. Isso é um problema? Talvez alguns fiquem desapontados, mas o som gravado aqui é de alta qualidade, tanto na qualidade do som quanto das músicas em si. Não é exatamente o que os fãs esperavam, mas talvez tenha sido uma surpresa melhor ainda.

35 – Kiss – Monster
Kiss – MonsterO Kiss tem uma das bases de fãs mais chatas já vistas. O ego de uns ali é exagerado. Mas ainda assim, não há como falar mal de quando a banda acerta tanto em um disco. E o disco da vez, Monster, traz a banda, no seu 20°(!) disco, extremamente competente. A banda não inventa, apenas faz seu Rock N’Roll, só que mais pesado que vinha fazendo ultimamente. O disco é extremamente direto, é um dos seus pontos fortes.

34 – Rage – 21
Rage – 21O Rage decidiu separar-se em duas bandas, uma específica para seu lado mais clássico que era constante no seu antigo som Power Metal e o Rage em si, que agora se concentra em um Heavy Metal de alta qualidade. Muitos fãs não gostaram disso e viraram a cara pro disco, mas não deveriam, porque na verdade o disco é uma porrada. Um Heavy Metal intenso constante, quem fazem de 21 um prato cheio para qualquer fã de Heavy Metal que se preze.

33 – Katatonia – Dead End Kings
Katatonia – Dead End KingsO Katatonia definitivamente é uma das bandas mais legais do Metal nos últimos anos. No início, a banda junto com o Paradise Lost e o Anathema, foi pioneira no Gothic/Doom Metal. Mas com o passar do tempo, assim como as outras duas bandas, o Katatonia manteve seu som sombrio e tenso, mas seu som se tornou muito mais leve, apostando nos sentimentos que passa pelo clima e pelo vocalista Jonas Renkse. Aqui, a banda segue a linha musical de Night Is The New Day (2009). A diferença é que apesar dos elementos serem parecidos, esse disco é de mais difícil absorvição, mas depois de entendê-lo, se mostra tão bom quanto o anterior.

32 – Europe – Bag of Bones
Europe – Bag of BonesA banda eternamente conhecida por causa de The Final Countdown (infelizmente, só por ela), mostra aqui uma banda ainda mais pesada e intensa, assim como o disco anterior, Last Look At Eden. Só que aqui, a banda mergulha de cabeça ao som Hard Rock dos anos 70 e o resultando é gratificante. Alguns dizem qua a banda se perdeu e cedeu seu lugar ao H.E.A.T., mas pelo menos pra mim, o som da banda soa melhor do que nunca.

31 – Primal Fear – Unbreakable
Primal Fear – UnbreakableAntes de ser lançado no início do ano passado, os membros do Primal Fear prometeram que Unbreakable voltaria ao som dos primeiros discos da banda, e realmente cumpriram o que disseram. Assim, a banda deixou os experimentos de lado e faz um som cru e direto, com músicas de muita qualidade, fazendo desse lançamento mais um disco de Heavy Metal, deixando o Power Metal em segundo plano. Com os membros que tem, não poderia se esperar menos, e o disco deve fazer a alegria dos fãs do gênero.

My Top: Os 50 melhores discos de 2012 (Rock/Metal) – Parte 1

Lembrando que a lista se limita apenas aos discos de Rock e Metal lançados ano passado, pois foram os gêneros que dei atenção. Também é importante destacar que não ouvi tudo que foi lançado, longe disso, por isso vão ter casos de discos que deveriam estar na lista mas não estão. Pretendo postar uma parte da lista por dia.

50 – Black Country Communion – Afterglow

Black Country Communion – AfterglowInfelizmente, esse parece ser o último disco desse super grupo, devido aos seus problemas internos. Pelo visto, são grandes músicos com grandes egos. Esse disco traz novamente o som anos 70 da banda, com muito bom gosto, com composições que alegram qualquer saudosista.

49 – Adrenaline Mob – Omerta

Adrenaline Mob – OmertaO Adrenaline Mob chamou atenção por ser o novo projeto em que Mike Portnoy, ex-baterista do Dream Theater mais se empenhou depois que saiu do Avenged Sevenfold. Apesar disso, nem de longe é ele quem rouba a cena aqui, quem faz isso são Russell Allen, com seu vocal poderoso em sua melhor forma (para mim ele é o vocalista mais poderoso do metal atual) e pelo guitarrista Mike Orlando, que abusa e exagera de riffs “fritados”. A banda faz um Heavy Metal direto, um pouco enjoativo depois de um tempo até, mas ainda assim, de muita qualidade.

48 – Overkill – The Electric Age

Overkill – The Eletric AgeThe Eletric Age traz a formula básica e competente do Thrash Metal oitentista em um disco de alto nível. A banda não inovou em muita coisa nesse disco, mas trouxe nele um som que deve agradar qualquer fã que quiser apenas ouvir um bom e velho Thrash Metal de qualidade.

47 – Circus Maximus – Nine

Circus Maximus - NineDesde que lançou seu primeiro disco (The 1st Chapter), o Circus Maximus tornou-se rapidamente uma banda cult do Metal Progressivo, com dois álbuns que batem de frente com vários discos com os “líderes” do gênero, Dream Theater e Symphony X. Em Nine, infelizmente, a banda não está tão inspirada como outrora, mas ainda assim lançou um ótimo disco. Ele é o mais pesado e melódico da banda, apenas não é tão bom quanto os dois anteriores.

46 – ZZ Top – La Futura
ZZ Top – La FuturaDepois de 9 anos sem lançar nenhum álbum (desde Mescalero), o ZZ Top retorna, mostrando que a espera valeu muito, mas muito a pena. Durante o disco, a banda desfila seu clássico Blues Rock que se mistura com o Hard Rock, se adequando ao som moderno, mas se afastar de suas raízes. Bandas como o ZZ Top e o Motorhead fazem praticamente o mesmo som por toda sua carreira, e isso mostra como são diferenciados, pois são poucos que conseguem fazer tanto dentro do mesmo estilo através das décadas de maneira tão especial.

45 – Rival Sons – Head Down
Rival Sons – Head DownO Rival Sons impressionou muita gente com Pressure & Time, que nos trazia um sonoridade anos 70 magnífica, só que ficava um pouco escondida atrás da clara influência do som do Led Zeppelin no som dos caras. Só que o diferencial da banda é que não apenas usam elementos dos anos 70, como tem a criatividade para dar alma às músicas. Agora com Head Down, o grupo volta menos influenciado pelo Zeppelin, e variando muito durante o disco. Com um som mais cru, esse disco precisa ser escutado mais vezes que o anterior para ser bem absorvido, mas definitivamente vale a pena.

44 – Tremonti – All I Was
Tremonti – All I WasO Tremonti é a banda solo do guitarrista do Alter Bridge e Creed, Mark Temonti. Só que aqui o guitarrista não faz o Pop Rock meia boca do Creed nem o Rock Alternativo flertante com o Hard Rock do Alter Bridge, e sim uma pesada mistura do Hard Rock com Heavy Metal, com elementos de Speed Metal também. Sem frescuras, pesado, riffs e mais riffs, mas ainda acessível. A “cozinha” aqui o acompanha muito bem, mas o que mais surpreende é Mark ir tão bem como vocalista, por mais que ele fosse um ótimo backing vocal no Alter Bridge.

43 – Muse – The 2nd Law

Muse – The 2nd LawO Muse já saiu a muito tempo da sombra do Radiohead e agora tenta ser a maior banda de Rock da atualidade. Agora com The 2nd Law, o Muse parece ter entrado de cabeça em uma fase de experimentos (que quase toda banda passa), só que a banda se mostrou muito competente e dosou muito bem os diferentes elementos que trouxeram ao seu som. Muitos fãs “xiitas” vão virar a cara para essa nova proposta da banda, mas isso não vai tirar nem um pouco o mérito da qualidade do disco.

42 – Fear Factory – The Industrialist
Fear Factory – The IndustrialistO Fear Factory é provavelmente a banda mais marcante do tal Metal Industrial, sendo mais pesado do que parece. The Industralist marca a banda mais pesada do que nunca, complexa, moderna e extremamente agressiva. Os riffs de Cazares são tão empolgantes como agressivos, e o vocal de Burton é tão bom quanto variado. A bateria é programada, mas isso não interfere em nada na qualidade do disco, um dos melhores da banda.

41 – Mark Lanegan Band – Blues Funeral
Mark Lanegan Band - Blues FuneralO novo disco solo do excelente vocalista Mark Lanegan (ex-Screaming Trees), apesar de capa, é muito menos animado do que parece. Pelo contrário, o disco é melancólico, arrisco dizer que é até mórbido, passando sentimentos profundos com sua música que é facilmente sentido pelo ouvinte. Tudo parece se encaixar no disco, a única coisa que se destaca além do clima do disco é o vocal de Mark, excelente como sempre. Talvez não seja o melhor disco para se ouvir em um dia triste, e é isso que faz de Blues Funeral algo melhor do que já é.

Futebol: A polêmica final entre São Paulo e Tigre

Lucas

Querendo ou não, a final da Copa Sul-Americana desse ano marcará e manchará a história tanto do São Paulo quanto do Tigre. O que aconteceu ali foi apenas uma bola de neve e tenho minha teoria do caso. Tudo começou com a jogo de ida na Argentina, onde o Tigre mostrou que tenta vencer no psicológico, pois não tem a menor condição técnica pra vencer na bola. Tudo bem que eliminaram o Millonarios, time que vinha fortíssimo essa temporada, mas o que eles fizeram contra os colombianos foi quase a mesma coisa que o Chelsea fez com o Barcelona na última Champions League. Bateram, bateram, e bateram denovo. Provocaram. Foi a velha catimba argentina que dessa vez veio no seu limite, e deu quela confusão toda, e o clima ficou feio.

A primeira confusão aqui em São Paulo foi quando o ônibus dos argentinos foi depredado, claro que por torcedores imbecis. Depois os paulistas que já não haviam deixado seus adversários reconhecerem o campo com a desculpa do desgaste por causa do show da Madonna, não deixaram eles realizarem o aquecimento no gramado. Pra mim isso foi o jeito do São Paulo se “vingar” do tanto que apanhou na semana anterior. Mas é claro que os argentinos não respeitaram, acharam uma brecha e se aqueceram no campo com cara debochadas. Pra mim a confusão começou aqui. Quando o jogo começou, foi o esperado, o São Paulo mostrou sua clara superioridade, fez 2 a 0 sem muita dificuldade. Já o Tigre, fez o que sabe: bater. Era pra ter dois jogadores expulsos, aquela cotovelada no Lucas foi ridícula. Mas infelizmente, o juiz é uma baita bunda mole e não fez nada e perdeu controle do jogo.

Vestiário

A provocação do Lucas que causou aquela confusão depois do final do primeiro tempo, resultou em uma expulsão pra cada lado, mas a confusão foi tanto que ninguém reparou. Aqui deixo a minha teoria, pelas várias notícias que li e do que ouvi na hora, o mais provável é que os jogadores do Tigre foram arranjar confusão com os são paulinos e encontraram 10 seguranças e deu no que deu. Se fosse outro time, não acharia que seria algo assim, mas um time que se mostrou totalmente provocador e sem educação alguma o tempo todo, era o que se esperava mesmo. E essa história de armas de fogo, duvido que seja verdade, afinal, segurança de clube não tem licença para ter uma arma de fogo. Sendo assim, nem os jogadores do São Paulo nem a diretoria tem culpa por essa confusão vergonhosa, e agora tem de arcar com a tremenda imagem negativa que gerou não apenas pro time, mas sim para todo o país.

O que mais me impressionou foi como a imprensa argentina foi pretensiosa e tratou seus compatriotas como santos, dando pra ver nos sites deles o quanto seu povo em grande maioria é preconceituoso. Muitos comentários chamando os brasileiros de macacos e favelados, ridículo. Agora o que me preocupa é essa tenção que pode se criar entre os dois países durante a próxima Libertadores. Também que pegou mal para o país que vai sediar a copa de 2014. Enfim, no final das contas, o São Paulo mereceu ser campeão apesar de não ter enfrentado nenhum time muito difícil. Mas infelizmente esse é um dos títulos que veio junto com uma mancha para a história do clube.

São Paulo - Campeão Copa Sul-Americana 2012